Manutenção do Fluxo luminoso

 

O fluxo luminoso consiste na quantidade de luz emitida por uma luminária, em todas as direções. A unidade de medida desta quantidade de luz é o Lumem, onde também é possível mensurar apenas um ponto específico do ambiente, que é chamado de iluminância.

Dois são os fatores que podem reduzir a quantidade de Lumens de um LED (Light Emissor Diode): imprecisão na fabricação ou desgaste natural. A depreciação devido a falhas na fabricação (desgaste natural) está ligada aos componentes e processos utilizados na produção do LED chip. O LED é composto por uma mistura luz azul proveniente de um chip Gálio e Nitrogênio (GaN) e de luz amarela da emissão da cobertura de fósforo de Ítrio Alumínio Garnet: Cério (YAG:Ce). Densidade, uniformidade e espessura do fósforo influenciam diretamente na qualidade e longevidade do LED. O invólucro externo é de vidro ou plástico, o dissipador de calor é de cerâmica ou de alumínio, e os resistores e cabos contêm cobre ou ouro. De todos os componentes o dissipador de calor é o mais importante, pois sem a dissipação adequada de calor o LED sofre alterações no material do fósforo. O declínio do fluxo luminoso é perceptível ao olho humano a partir de 30% do valor originalmente fabricado de acordo com a ASSIST (Alliance for Solid-State Illumination Systems and Techologies). Ambiente com fluxo luminoso inadequado pode ocasionar cansaço visual, perda de produtividade e até acidentes de trabalho.

Para saber dados a cerca da vida útil das luminárias (em média 10000 horas) e a perda do fluxo luminoso (devido ao desgaste natural), é utilizado a LM-80, que consiste em um método utilizado para medir a quantidade de lumens de uma luminária e módulos de LEDs aprovado pelo IESNA (Illuminating Engineering Society of NORTH AMERICA), este método também analisa a alteração da cromaticidade com o passar do tempo em pelo menos 6000 horas de vida.

A vida útil da luminária deve ser definida tendo como parâmetro a LM-80 em que a representação do L70, L80 e L90 está relacionada com o percentual de perda do fluxo luminoso no final da vida útil do LED, onde os valores de 70%, 80% e 90% respectivamente, correspondem a depreciação do LED. Porém, é possível produzir luminárias com fluxo luminoso constante através programação de drivers específicos.

Já a norma TM-21 estabelece uma maneira padrão de usar dados LM-80 para fazer projeções de vida consistentes. Determinando o período dos testes, os valores usados (tendo em vista o tamanho da amostra), o número de horas, nos intervalos testados, a temperatura do teste tem o máximo de 6X as horas testadas.

No fim de sua vida útil, o descarte do LED é ecologicamente pouco agressivo ao meio ambiente porque não contem mercúrio nem metais pesados em sua composição. Além disso, não oferece risco à saúde em caso de quebra porque não contém materiais tóxicos.